Médiuns sensitivos, ou impressionáveis: Chamam-se assim às pessoas suscetíveis de sentir a presença dos Espíritos por uma impressão vaga, por uma espécie de leve roçadura sobre todos os seus membros, sensação que elas não podem explicar. Esta variedade não apresenta caráter bem definido. Todos os médiuns são necessariamente impressionáveis, sendo assim a impressionabilidade mais uma qualidade geral do que especial. É a faculdade rudimentar indispensável ao desenvolvimento de todas as outras.
Difere da impressionabilidade puramente física e nervosa, com a qual preciso é não seja confundida, porquanto, pessoas há que não têm nervos delicados e que sentem mais ou menos o efeito da presença dos Espíritos, do mesmo modo que outras, muito irritáveis, absolutamente não os pressentem.
Esta faculdade se desenvolve pelo hábito e pode adquirir tal sutileza, que aquele que a possui reconhece, pela impressão que experimenta, não só a natureza, boa ou má, do Espírito que lhe está ao lado, mas até a sua individualidade, como o cego reconhece, por um certo não sei quê, a aproximação de tal ou tal pessoa. Torna-se, com relação aos Espíritos, verdadeiro sensitivo. Um bom Espírito produz sempre uma impressão suave e agradável; a de um mau Espírito, ao contrário, é penosa, angustiosa, desagradável. Há como que um cheiro de impureza.
De acordo com os especialistas, todo mundo, a princípio, é sensitivo, em maior ou menor grau. Acredita-se que pessoas muito sensitivas tenham a habilidade de entrar em contato com o chamado plano astral. “Algumas pessoas manifestam desequilíbrios de natureza variada, que são confundidos com mediunidade. Para desenvolver a sensitividade, ou buscar entendimento para fenômenos “de outro mundo”, em geral recomenda-se buscar assistência de um praticante ou centro espírita. “Os sensitivos desenvolvem a percepção dos fenômenos com muito estudo”, afirma Wlademir Lisso, do departamento de assistência espiritual da Federação Espírita do Estado de São Paulo. O espiritismo encara a mediunidade como prática, embora os sensitivos sejam aceitos em diversas religiões, como a católica, que admite a existência de milagres, e a budista tibetana, que determina sua linhagem de lamas a partir da observação de características sensitivas nos indivíduos. Já a psiquiatria convencional não explica essa e outras manifestações de paranormalidade e, diante delas, pode fazer diagnósticos de ordem patológica. “É uma forma particular de distúrbio mental. É comum que em estados delirantes ou histéricos os pacientes recebam ‘mensagens do além’”, afirma o psiquiatra Durval Mazzei Nogueira.
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