Uma imagem curiosa capturada sobre os céus de Tóquio, Japão, e compartilhada no último dia 10 de dezembro no popular fórum de imagens 2ch.
E não é uma montagem! Tampouco um pedaço de espuma química. É realmente uma nuvem, é realmente um rastro. É bem verdade, porém, que não é uma nuvem caindo. Mais imagens e considerações na continuação!
Acima, outra fotografia de um ângulo ligeiramente diferente, embora tudo indique ser do mesmo fotógrafo.
A nuvem parece estar caindo, especialmente por causa do rastro, mas esta é apenas uma ilusão de perspectiva, enquanto tanto a nuvem triangular, o rastro como as outras nuvens nessas imagens devem estar à mesma altitude aproximada.
Com a distância todos esses elementos tendem a convergir no horizonte, e especialmente em um ângulo como este, onde a trilha e a nuvem formam uma linha quase vertical, a ilusão se torna mais intensa. O mesmo efeito foi visto no ano passado quando a trilha de condensação de um avião ao entardecer foi confundida com um míssil sendo disparado.
Observando a imagem, é difícil não ter esta impressão, mas em verdade tanto a trilha na parte inferior da imagem quanto aquela na parte superior em sua ponta estavam à mesma altitude aproximada. Clique na imagem para rever o caso do “míssil fantasma”.
Assim, o que as imagens japonesas registram é uma nuvem triangular e o que parece uma trilha criada em uma camada de nuvens. A nuvem não está caindo, mas ainda restaria explicar o rastro. Teríamos uma nuvem sólida cruzando o céu? Isto ainda seria muito intrigante. Talvez fosse um blimp ultra-secreto, ou uma espaçonave extraterrestre disfarçada como uma nuvem, mas uma que à semelhança do homem invisível, não pode esconder suas pegadas. Ou seu rastro pelas nuvens.
São ideias adoráveis e instigantes, mas algumas explicações mais prosaicas devem ser consideradas primeiro.
Pouco depois que as imagens originais foram publicadas, outro membro do fórum disse ter visto esta cena:
Outra nuvem triangular, e o que parece um rastro de pequeno comprimento. A cena não impressiona tanto, e é compreensivelmente natural. Já a seguinte, não:
Como Michael Holt da Sociedade de Apreciação de Nuvens explica, “quando um avião passa por uma camada de nuvens a um ângulo raso, ele pode criar uma linha na nuvem [enquanto ela se congela pela perturbação em temperaturas supercríticas], no que é conhecido como nuvem canal ou distrail (do inglês dissipation trail)”.
Assim, embora este autor não seja um especialista, apenas um admirador de nuvens, sugerimos que as fotos japonesas mostram a nuvem canal de um avião que tenha passado minutos antes. Aqui está um detalhe da distrail japonesa:
Explicações mais detalhadas são muito bem-vindas!
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