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domingo, 27 de maio de 2012

A "Menina Inflamável" do Vietnam: Novas Informações

Residência de T...: Terceiro andar, destruído

Ela tem 11 anos, identificada apenas como T... e pode ser. mais apropriadamente chamada "menina radioativa" ou "Flammable girl" (Garota Inflamável), como foi definida na manchete do jornal vietnamita Tuoitre. 

Liderados pelo pesquisador do HCM City-based International Univertsity of Hong Bang, Dr. Nguyen Manh Hung, uma equipe de cientistas de diferentes áreas da ciência, estão examinando o caso e visitaram a casa da garota, localizada no Bairro Tan Binh, na cidade de HCM (antiga Saigon).
O Dr. Hung confirmou que a jovem é capaz de queimar qualquer coisa e reconheceu: É um caso muito estranho no Vietnam e no mundo.

Terceiro andar destruído: o teto


Os cientistas já eliminaram a possibilidade de que o ambiente tenha alguma influência no fenômeno. Eles coletaram e analisaram materiais como solo, água e objetos domésticos.

Dr. Hung, depois de escanear (digitalizar) o cérebro da menina descobriu uma estranha linha no lado direito do órgão, uma formação que somente aparece em cérebros de filósofos, artistas e sacerdotes.

Hung explica, ainda, que: Ela pode queimar tanto objetos que estão próximos dela quanto outros, longe. Não há limite de distância determinado.

O pai da menina: recebendo os cientistas em casa

O cientista informou - também, que havia uma marca vermelha na testa da garota que desapareceu depois que ela passou a usar uma pulseira de quartzo. 

A marca reapareceu quando a pulseira foi retirada. O uso da pulseira provoca um desconforto descrito como a passagem de uma corrente elétrica passando através do corpo; por isso, não é mais usada.

No domingo (12/05/2012), o especialista em "radiônia" do HCM, Dr. Du Quang Chau, falou ao jornal Tuoitre, também afirmou que uma anomalia (em pessoas comuns) foi detectada no hemisfério direito do cérebro da menina, que se desenvolve muito em pessoas dotadas de grande criatividade e imaginação.

Jornalistas: Aglomerados em frente  à residência da "Flammgirl"

Ele acredita que esta é a causa de origem dos fenômenos. Para controlar o poder incomum da paciente, Chau recomendou uma espécie de treinamento para equilibrar/controlar o sistema nervoso simpático e o parasimpático. Praticados com disciplina regular os exercícios podem tornar T... uma pessoa "normal".

Fonte: Sofá da Sala

Psicocinese

Em Poltergeist, um dos maiores clássicos do cinema de terror, uma família que mora num subúrbio americano se vê rodeada de fantasmas. 

No começo, os visitantes parecem inofensivos e fazem brincadeiras inocentes, como mover objetos pela casa para o divertimento dos moradores. 

Aos poucos, no entanto, eles passam a aterrorizar os Freeling, a ponto de seqüestrarem a filha caçula, Carol Anne, por meio de um canal de televisão. 

Na vida real, fenômenos como esses que aparecem no filme produzido por Steven Spielberg não são levados muito a sério ou são atribuídos a seres sobrenaturais. 

Mas, para muitos parapsicólogos, a explicação para boa parte desses acontecimentos – tirando, é claro, episódios mais mirabolantes, como o seqüestro televisivo da garota – está no fenômeno da psicocinese, ou seja, na suposta capacidade da mente humana de agir a distância sobre a matéria. 

Isso porque, segundo essa teoria, a energia de cada um de nós pode se transformar e se exteriorizar. Dirigida pela mente, ela atuaria sobre objetos, movimentando-os e quebrando-os. O poltergeist (que em alemão significa “espírito barulhento”) seria um exemplo disso.

Nem todos os parapsicólogos aceitam a existência da psicocinese (conhecida também como telecinese), que, por sinal, é bem menos estudada que outros fenômenos ditos paranormais, como a telepatia e a clarividência. 

Mesmo entre estudiosos da área, há diferentes interpretações e muitas divergências em torno desses fenômenos. Na explicação de uma linha da parapsicologia, os casos de poltergeist, em geral, ocorrem com crianças na puberdade ou adolescentes que atravessam uma fase de crise ou instabilidade emocional. 

O inconsciente da criança liberaria energia – chamada de telergia – para influir no objeto. Entre os casos mais comuns de poltergeist estariam o de objetos que mudam de lugar de maneira brusca e violenta, janelas que são quebradas, lâmpadas que estouram de uma hora para outra e ruídos que ocorrem aparentemente sem nenhuma explicação plausível.

Um caso típico foi relatado no livro O que É Parapsicologia (Brasiliense, 1984), de Osmard Andrade Faria. Trata-se da história de uma família que morava em Suzano, a 38 quilômetros de São Paulo. 

O pai, Ezequias de Souza, havia abandonado a esposa e a filha, Marilda, de 15 anos, para viver com outra mulher. Depois de algum tempo, a relação se desfez e ele decidiu voltar a viver com sua antiga família. 

No entanto, Marilda, uma adolescente introvertida e agressiva, nunca perdoou a aventura extraconjugal do pai. Segundo o relato do livro, após a volta dele, a família passou a ser alvo de arremessos de pedra na residência. 

Mais tarde, uma série de combustões espontâneas começou a acontecer pela casa. Roupas se incendiavam inexplicavelmente e bolas de fogo desciam do teto para atingir os móveis. Apavorada, a família buscou a ajuda de autoridades e de um padre. 

Após saber dos problemas familiares, o padre achou que os acontecimentos estariam sendo provocados por forças inconscientes de Marilda e aconselhou que a adolescente fosse afastada do local. 

Com a mudança da menina para a casa dos tios, os incidentes cessaram. Quando ela retornou para a casa dos pais, no entanto, as bolas de fogo voltaram a acontecer. 

Diferentemente dos outros familiares, Marilda nunca se apavorava diante dos poltergeists. Ao contrário, a garota ria e parecia se divertir muito com eles.

Um dos casos mais estudados de psicocinese é o da russa Nina Kulagina. Ela ficou famosa por supostamente conseguir movimentar a distância objetos como palitos de fósforos, cigarros, bolas de cristal, pêndulos e saleiros. Numa das experiências mais curiosas, ela teria feito parar o coração de um sapo. 

O fenômeno teria ocorrido num laboratório em 1970. Um psiquiatra que tomou conhecimento do evento duvidou da história e se ofereceu para uma experiência semelhante. Os dois se sentaram um de frente para o outro a uma distância de 2 metros e meio. 

Eletrodos de um equipamento de eletrocardiografia foram colocados no psiquiatra. Em dois minutos, segundo testemunhas, o coração do médico disparou de forma assustadora. 

O desgaste, registrado pelo eletrocardiograma, teria chegado a tal ponto que a experiência teve de ser imediatamente suspensa para que não ocorresse um incidente fatal. 

Para comprovar os poderes psicocinéticos de Nina, algumas de suas demonstrações foram gravadas em fitas de vídeo. Mesmo assim, cientistas mais céticos afirmam que as supostas habilidades da russa não sobreviveriam a um teste mais rigoroso. 

A psicocinese, assim como outros fenômenos parapsicológicos, pode se manifestar em qualquer pessoa, segundo Marcia Regina Cobêro, vice-presidente do Centro Latino-Americano de Parapsicologia (Clap), em São Paulo. 

“Todos os seres humanos têm faculdades parapsicológicas. Alguns manifestam, outros não. Se a pessoa, por exemplo, está nervosa, a ponto de explodir, ela pode fazer um vidro se partir. É um mecanismo de defesa. É melhor isso do que ter uma úlcera”, afirma. 

A parapsicóloga destaca, no entanto, que esses fenômenos são espontâneos, involuntários e incontroláveis, ou seja, não dá para usar o poder da mente com dia e hora marcados, como propagandeiam alguns supostos paranormais, como Uri Geller. 

O israelense ficou mundialmente famoso por entortar colheres, “desmaterializar” objetos e desviar raios laser, entre outras coisas. Fez fortuna com suas apresentações e chegou a visitar o Brasil nos anos 70 para participar de um programa na TV Globo.

Num dos episódios mais célebres, Uri Geller, após fazer demonstrações de seus supostos poderes, pediu aos ouvintes de um programa de rádio da Inglaterra que participassem de seu show. Alguns minutos depois, choveu telefonemas de todo o país. 

Pessoas relatavam que facas, garfos, colheres e chaves começaram a entortar e a se mexer espontaneamente. Relógios que estavam parados havia anos voltaram a funcionar. “Com uma audiência de milhões de pessoas e sob forte emoção, é possível que tenham ocorrido fenômenos parapsicológicos autênticos. 

Isso não significa que o responsável por tudo isso tenha sido Uri Geller. Provavelmente os próprios ouvintes, que talvez nem soubessem de seus poderes paranormais, foram os autores de alguns fenômenos”, diz Marcia.

Truques na manga

O grande problema são as fraudes que existem em torno dos fenômenos parapsicológicos, já que estes podem ser facilmente reproduzidos com truques. 

Segundo Marcia, os truques incluem coisas simples, como colocar um ímã debaixo de uma mesa e fazer moedas se movimentarem, colocar fios de náilon para deslocar objetos ou passar um líquido em um objeto de metal, fazendo com que minutos mais tarde ele amoleça e entorte – uma técnica bastante usada pelos chamados “entortadores” de colheres. 

Um ambiente com pouca iluminação e cercado de forte emoção também ajuda, como costuma ocorrer nas apresentações de mágicos em geral.

Além de mover objetos sem tocá-los, a psicocinese inclui outros tipos de experiências, como a suposta cura de doenças por meio do poder da mente. 

O mineiro Thomaz Green Morton, que nos anos 80 fez fama como um guru de estrelas da TV, foi tido como alguém capaz de realizar esse tipo de fenômeno. Outra forma de manifestação da psicocinese é a levitação. 

Em diferentes épocas se considerou a levitação um “milagre de Deus” ou um reflexo da “possessão demoníaca”. A parapsicologia define a levitação como a suspensão do corpo humano por meio da energia vital. 

A explicação dos estudiosos é que, em estados de grande misticismo ou emotividade, certas pessoas poderiam elevar-se no ar porque, em determinado momento, desprenderiam um grande volume de energia orgânica. 

No entanto, esse fenômeno é extremamente raro e só ocorreria de forma espontânea e incontrolável. Não há registros de casos de levitação ocorridos em condições de laboratório.

Só de porre

Outra manifestação psicocinética é a transferência de imagens mentais para objetos. Uma das histórias mais célebres é a do americano Ted Serios, que vivia em Chicago e era tido como alguém com personalidade psicopática. 

Serios ficou conhecido por supostamente conseguir produzir imagens positivas em filmes virgens por meio da impregnação mental. Segundo relatos, ele transferia imagens para os filmes olhando fixamente para a lente de uma Polaroid. 

Nesse tipo de máquina fotográfica, os filmes são revelados na hora. O detalhe é que o americano só conseguia fazer boas imagens após beber várias latas de cerveja e algumas doses de uísque. 

Uma série de experimentos foi feita com Serios, mas os cientistas reclamaram que não havia condições para evitar truques. Motivo: Serios se recusava a fazer o experimento quando as condições impostas pelos cientistas eram muito rigorosas.

Como se vê, a psicocinese é um tema envolto em polêmicas e divergências. Nenhuma resposta simples pode ser dada, já que diferentes pessoas exigem diferentes padrões de comprovação. Fenômenos psicocinéticos existem? 

Bem, considerando as evidências experimentais, a resposta é: talvez. Se levarmos em conta os resultados obtidos em laboratórios, que se repetem com regularidade e que podem ser explicados com as leis da ciência conhecidas, a resposta é: não. Mas isso não significa que ela necessariamente não exista. 

Achar que a ciência tem respostas para tudo é um erro. No século 19, as pessoas não conheciam a radioatividade, apesar de ela já existir. 

O grande desafio para os que estudam a parapsicologia é conseguir incorporar ao âmbito do normal e do natural, dentro de uma teoria explicativa satisfatória, fatos que durante muito tempo foram tidos como anormais, supranaturais ou paranormais. Ou seja, fazer com que o sobrenatural seja visto como normal.

Efeitos invisíveis
Testes em laboratório buscam detectar manifestações psicocinéticas imperceptíveis a olho nu

Os fenômenos psicocinéticos, que os especialistas costumam abreviar como PK (do inglês psychokinesis), se caracterizam pela ação da mente sobre a matéria. 

Quando essa ação é diretamente observável, como no caso de um movimento de objetos sem uma explicação aparente, é chamada de macro-PK. Se a manifestação não é observável a olho nu, ou seja, se seus efeitos são fracos, leves e microscópicos, denomina-se micro-PK.

Para testar se a mente pode realmente influenciar a matéria, dificilmente você encontrará um cientista analisando “entortadores” de colheres como o israelense Uri Geller, mesmo porque pessoas como ele não são levadas muito a sério. 

A maior parte dos estudos nessa área envolve testes de micro-PK, cujos efeitos podem ser inferidos apenas estatisticamente. A micro-PK pode ser verificada com a ajuda 0de um equipamento chamado gerador de números aleatórios (GNA). 

Essa máquina produz apenas dois resultados (0 ou 1), em uma seqüência aleatória. Num experimento típico, um sujeito deve tentar alterar mentalmente a distribuição dos números aleatórios, ou seja, ele deve fazer com que a máquina produza mais 1 do que 0, ou o contrário. 

É como se ele lançasse moedas várias vezes e procurasse, deliberadamente, tirar mais caras do que coroas, ou vice-versa. O esperado é que, ao final de uma série de tentativas, ocorra 50% de resultados de cada um.

Em 1989, o engenheiro e parapsicólogo Dean Radin e o psicólogo Roger Nelson publicaram uma meta-análise do conjunto de resultados obtidos por esse tipo de experimento. 

Fazer uma meta-análise significa combinar resultados de diferentes estudos para obter um resultado estatisticamente significativo. Radin e Nelson analisaram mais de 800 experimentos de micro-PK, realizados por mais de 60 pesquisadores ao longo dos 30 anos anteriores. 

O resultado é que o índice de acerto foi de 51%. Aos olhos de um leigo, a diferença pode parecer pequena, mas a probabilidade de esse resultado ocorrer por acaso é de uma em um trilhão (para você ter uma idéia, a probabilidade de acertar na mega-sena, com a aposta mínima, é de uma em 50 milhões).

Pelo fato de o estudo envolver um número gigantesco de pessoas, os cientistas afirmam que esse desvio de 1% é relevante e consistente. 

Nos aparelhos monitorados para controle, sem uma pessoa para tentar influenciá-los, o resultado foi muito próximo da probabilidade normal, de dois para um. 

Os parapsicólogos comemoraram o resultado, que interpretaram como prova de que a consciência humana pode afetar o comportamento de sistemas físicos aleatórios. 

No entanto, outros cientistas, como o físico Philip W. Anderson, ganhador do Prêmio Nobel, contestaram o experimento e o método estatístico utilizado nos estudos, e a questão segue sem consenso. 

Fonte: Superinteressante

Intensa atividade OVNI na Nova Zelândia

OVNIS  no céu acima de Rotorua, uma cidade na margem sul do lago de mesmo nome, na Baía de Plenty região da Ilha Norte da Nova Zelândia.

Água de açude amanhece vermelha e moradores ficam assustados em MT

Coloração da água chamou a atenção do moradores da região.  Mesmo com a chuva, a água do local permanece avermelhada.

Um fenômeno atípico assustou os moradores do cinturão verde do bairro Pedra 90, em Cuiabá, nessa última quinta-feira(24). 

A água de um açude abandonado ficou vermelha chamando a atenção da comunidade local. De acordo com a dona da propriedade onde o açude está localizado, apesar da chuva que caiu nos últimos dias, a água ainda continuou vermelha.

Silvina de Oliveira, dona da chácara onde o açude está localizado, disse que ficou muito assusta com a cor da água e acabou chamando a polícia para verificar o açude. “Eu chamei a polícia para ver se não era alguma coisa que alguém tinha jogado lá dentro. O policial olhou e disse que se fosse algo, acabaria aparecendo no açude, mas não subiu nada”, revelou.

O neto da produtora rural, Celso Reis, foi chamado, ele descartou a possibilidade da água conter sangue. “Retiramos algumas amostras para pesquisa e a primeira impressão, cientificamente falando, não é sangue”, informou o médico.

Segundo o biólogo Emerson Fávaro, que analisou a água do açude, na primeira impressão, pode-se apontar três possibilidades para a causa do fenômeno. “Pode ser a entrada do assoreamento entorno do açude que acabou trazendo solo para dar essa coloração”. 

Para o biólogo, ainda há a possibilidades de ser contaminação por nutrientes que favorecem o rápido crescimento de algas.

Porém, segundo o especialista, também pode ser as plantações em entorno da propriedade. “Com as chuvas dos últimos dias, pode ser que [a água] carregou algum agrotóxico ou um defensivo agrícola que geralmente possuem fosfato e nitratos, que favorecem as algas a ter essa coloração”, explicou.

Enquanto não se tem uma posição técnica da analise coletada, a família que mora na propriedade, foi orientada pelo biólogo a manter uma distância do açude até que se saiba o que está causando essa coloração atípica. 

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente foi procurada, mas até o fechamento da matéria, ainda não tinha informado quais medidas vai tomar para avaliar o que causou a coloração na água.

Fonte: G1

domingo, 13 de maio de 2012

Celebrity Ghost Stories

Especialistas divergem sobre causa de fenômeno no céu de Joinville

Na manhã de segunda-feira, o professor e chefe do departamento de física da Udesc, José Fernando Fragalli, explicou que o espiral luminoso que apareceu no céu em Pirabeiraba, Distrito de Joinville, podia ser uma nuvem, resultado de um adensamento de vento.

À tarde, analisando melhor as imagens, ele acredita que o "fenômeno" pode também ter sido causado por um avião. 

Segundo ele, por estar frio e úmido de manhã, a forma teria ficado daquele tamanho. O mesmo diz o meteorologista da RBS, Leandro Puchalski, ao analisar o vídeo. 

Tanto o reflexo do sol quanto algum problema no equipamento que captou a imagem podem ser as causas do tom dourado da suposta nuvem, segundo o professor da Udesc.

Já a meteorologista da Epagri/Ciram, Marilene de Lima, acredita que a nuvem artificial foi causada por algum projétil lançado no ar. De acordo com ela, o tom alaranjado da nuvem teria sido causado pelo calor. 

—  Provavelmente era algo quente, que também deve ter emitido algum vapor. Por ser mais quente, ganhou essa cor diferenciada — explica. 

Fonte: A Notícia

Descoberta de 'novo' calendário maia desmente teoria do fim do mundo

Pesquisadores descobriram também pinturas de reis em paredes de ruínas. Registros do século 9 são os mais antigos já encontrados da civilização.

Uma equipe de pesquisadores dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira (10) a descoberta do calendário maia mais antigo documentado até o momento. A descoberta desmonta a teoria nada científica dos que preveem o fim do mundo em 2012, com base no calendário maia.

Essa teoria se baseia na existência de 13 ciclos no calendário maia, conhecidos como “baktun”. Porém, os novos dados mostram que o sistema possui, na verdade, 17 “baktun”.

“Isto significa que há mais períodos que os 13 (conhecidos até agora)”, ressaltou o arqueólogo David Stuart, da Universidade do Texas-Austin, um dos autores do artigo publicado pela revista “Science”. Ele apontou que o conceito foi “manipulado”, e disse que o calendário maia continuará com seus ciclos por mais milhões de anos.

As pinturas encontradas em paredes de ruínas da cidade de Xultún, na Guatemala, foram feitas no século 9. O calendário documenta ciclos lunares e o que poderiam ser ciclos planetários, explicaram Stuart e seu colega William Saturno, da Universidade de Boston.

A escrita pintada no que seria um templo são vários séculos mais antigos que os "códices maias". Esses livros escritos em papel de crosta de árvore eram os registros escritos mais antigos da cultura maia e foram produzidos por volta do século 13.

'Primeira vez'

“Nunca tínhamos visto nada igual”, assinalou Stuart, professor de Arte e Escritura Mesoamericana, encarregado de decifrar os hieróglifos. Ele destacou que se tratam das primeiras pinturas maias encontradas em paredes.

A sala, segundo os especialistas, faz parte de um complexo residencial maior. Os pesquisadores lamentam que parte do quarto tenha sido danificada por saqueadores, mas foi possível conservar várias figuras humanas pintadas e hieróglifos escritos em preto e vermelho.

Em uma delas, aparece a figura do rei com penas azuis e glifos perto de seu rosto que, segundo decifraram, significam “irmão menor”.

Outra parede contém uma série de cálculos que correspondem ao ciclo lunar. Os hieróglifos de uma terceira parede estariam relacionados aos ciclos de Marte, Mercúrio e, possivelmente, Vênus, segundo os pesquisadores.

Os autores indicam que o objetivo de elaborar esses calendários, segundo os estudos realizados a partir dos códices maias encontrados previamente, era o de buscar a harmonia entre as mudanças celestes e os rituais sagrados, e acreditam que essas pinturas poderiam ter tido o mesmo fim.

“Pela primeira vez, vemos o que podem ser registros autênticos de um escrivão, cujo trabalho consistia em ser o encarregado oficial de documentar uma comunidade maia”, assinalou William Saturno. Em sua opinião, parece que as paredes teriam sido utilizadas como se fossem um quadro-negro, para resolver problemas matemáticos.

De acordo com os cientistas, poderia se tratar de um lugar onde se reuniam astrônomos, sacerdotes encarregados do calendário e algum tipo de autoridade, pela riqueza na decoração das pinturas nas paredes, que também utilizaram para fazer suas anotações.

A pesquisa continua aberta para determinar de que tipo de ambiente se tratava – se era uma casa ou um local de trabalho, e se era utilizado por uma ou várias pessoas.

“Ainda nos resta explorar 99,9% de Xultún”, lembrou Saturno, que afirmou que a grande cidade maia descoberta em 1915 proporcionará novas descobertas nas décadas vindouras.


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Desenhos encontrados nas paredes de Xultún (Foto: Tyrone Turner/National Geographic/Divulgação)

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Sala com as pinturas estava cercada por árvores na Guatemala (Foto: Tyrone Turner/National Geographic/Divulgação)